terça-feira, 30 de agosto de 2011

EAD: Teoria x Prática

Com o intuíto de promover a educação de milhares de pessoas, a educação à distância tomou grande proporção em todos os setores da educação, visando a facilidade do aluno em ingressar em um novo mundo instigando sua visão autônoma, crítica, reflexiva e criativa . Com isso, o aluno além de aprender e evoluir profissionalmente, ele precisa ser disciplinado e independente em suas ações  para se manter apto no método de educação a distância.
Faz-se de extrema importância esclarecer aqui, a necessidade de aulas práticas na área da saúde durante a graduação deste aluno, promovendo ao aluno vivência prática para a sua devida aplicação no seu dia a dia.
Conceitos, explanações, teorias, leitura de artigos científicos e textos informativos, a EAD torna-se  ferramenta muito adequada, porém, algumas técnicas, modos de execução e habilidades, são impossíveis de se transmitir por EAD. O que impede, portanto, o ensino integral via EAD, na área da saúde, necessitando de carga horária adequada para aplicação da teoria, verificando carga parcial à EAD.
Com a prática adquirida e, também, ter presenciado todas as possíveis situações, o aluno pode ingressar em um curso de curta duração para pós graduação ou especialização. Neste momento a EAD pode se tornar  ferramenta valiosa, tendo em vista que o aluno ja vivenciou aquele ambiente, situação ou problema.
Diante o exposto, questionamos: será que é possível ensinar biologia, genética e áreas afins através do método EAD, tornando o aluno um excelente profissional, sendo que a necessidade de aulas práticas na área da saúde é de extrema importânca?

Algumas instituições da área da saúde ja aderiram à este método, como segue:

Unversidade de Blumenau

Universidade Federal do estado do Rio de Janeiro

Imagem de um cariótipo de uma mulher com síndrome de Turner



O exame de cariótipo é um exame de sangue, o qual identifica as possíveis aberrações cromosômicas e em qual cromossomo houve tal aberração. A partir deste exame, é possível detectar exatamente qual quadro sindrômico o paciente apresente e, a partir daí, estipular as condutas e o prognóstico do paciente.
Uma mulher apresentando um cariótipo dentro dos padrões de normalidades genéticas, apresentaria um cariótipo 46,XX, ou seja, 22 pares de cromossos autossomos (44 cromossomos) e 1 par de cromossomos sexuais (2), totalizando, portanto, 46 cromossomos. Tal cariótipo apresentado acima, portanto, identifca a falta de um cromossomo sexual X, caracterizando, portanto a síndrome de Turner 45, X.

A síndrome de Turner

É uma monossomia na qual os indivíduos afetados exibem sexo feminino mas geralmente não possuem cromatina sexual. O exame de seu cariótipo revela comumente 45 cromossomos, sendo que do par dos sexuais há apenas um X; dizemos que esses indivíduos são XO (xis-zero), sendo seu cariótipo representado por 45,X.

Muitas dessas concepções terminam em aborto; é provável que 97% desses conceptos sejam eliminados chegando a termo apenas 3%, de modo que essa monossomia constitui uma das causas mais comuns de morte Intra-uterina. Por isso é uma anomalia cromossômica rara, atingindo apenas uma dentre três mil mulheres normais.

Trata-se, fundamentalmente, de mulheres com disgenes!a gonadal, isto é, cujos ovários são atrofiados e desprovidos de folículos; portanto, essas mulheres não procriam, exceto em poucos casos relatados de Turner férteis, em cujos ovários certamente há alguns folículos.

Devido a deficiência de estrógenos elas não desenvolvem as características sexuais secundárias ao atingir a puberdade, sendo, portanto, identificadas facilmente pela falta desses caracteres; assim, por exemplo, elas não menstruam (isto é, têm amenorréia primária).

Quando adultas apresentam geralmente baixa estatura, não mais que 150 cm; infantilismo genital – clitóris pequeno, grandes lábios despigmentados, escassez de pêlos pubianos –; pelve andróide, isto é, masculinizada; pele frouxa devido à escassez de tecidos subcutâneos, o que lhe dá aparência senil; unhas estreitas; tórax largo e em forma de barril; alterações cardíacas e ósseas. No recém-nascido freqüentemente há edemas nas mãos e nos pés, o que leva a suspeitar da anomalia.

As primeiras observações realizadas com indivíduos severamente afetados associavam a síndrome de Turner algum grau de deficiência mental. Posteriormente ficou evidente que estas pacientes têm um desenvolvimento cognitivo alterado apenas qualitativamente, pois elas possuem uma inteligência verbal superior à das mulheres normais, compensando, assim, as suas deficiências quanto a percepção forma-espaço.

Disto resulta que o nível intelectual global das Turner é igual ou, mesmo, levemente superior ao da população feminina normal.
Por outro lado, não exibem desvios de personalidade, o que significa, inclusive, que sua
identificação psicossexual não é afetada.

Em decorrência da disgenesia ovariana, a única fonte de estrógenos para essas pessoas são as supra-renais; como a taxa desses hormônios é baixa, as pacientes devem receber aplicações de estrógenos para estimular o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários e o aparecimento da menstruação. Usualmente esse tratamento tem início aos 16 anos para evitar que os estrógenos aplicados retardem ainda mais o crescimento.